sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CREPÚSCULO!



Vem vida... ando evadido,
Não tenho onde me acoite,
Sou alma errante na noite,
Corpo inerte, estou perdido.


Com amor no pensamento,
Disperso em densos madrigais,
O eco dos passos são cais,
Onde aporta o sofrimento.


O vento mima o medonho,
Mas fustiga o meu sonho,
De morrer vivendo amor.


Nestas ardências sem lume,
As cinzas são o perfume,
De labaredas sem calor.




Carlos Manuel Fernandes Gonçalves


Quinta do Anjo, 7 de Agosto de 2011