quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CHUVA NA ALMA!



Cai a chuva levemente,
Docemente cai no chão,
Ecoa no meu coração,
Em sonolência dormente.


Gostava que caísse forte,
Que desabasse com estrondo,
Para acordar o hediondo,
Desta indolência de morte.


Cheira a terra ressequida,
Um chamamento de vida,
Um grito no emudecer.


Presa em gota desflorada,
A minha alma amurada,
Vagueia no anoitecer.




Carlos Manuel Fernandes Gonçalves


Quinta do Anjo, 1 de Agosto de 2011 (15H52)