Quando me vieres buscar,
Que venhas devagarinho,
Num clamor de mansinho,
Para não me acordar.
Podes sempre me encontrar,
Em terra, mar, no verbo amar,
Podes sempre me chamar,
Mas não me podes domar.
Mesmo quando perecer,
Quero continuar a viver,
Quero continuar a amar…
Podes o corpo arrefecer,
A minha alma emudecer,
Mas não me podes castrar.
Carlos Manuel Fernandes Gonçalves
Quinta do Anjo, 12 de Janeiro de 2011
14 comentários:
Meu amigo poeta... a morte pode tudo, menos calar a voz de um poeta como vc!
Lindo o seu poema! Adoro seus sonetos... são tão cheios de vida, mesmo estando feridos de morte.
Beijo no seu lindo coração! :)
Meu querido
Vagamos entre a vida e a morte...o Paraíso e o Inferno...mas sempre paixão.
Lindo como sempre...adorei.
Beijo
Rosa
A morte não domina aqueles que já se libertaram há muito ,da sua sombra...
Adorei o teu soneto...porque a morte tambem é poesia!
beijo
Graça
Meu querido poeta!
Tanta saudade de vc!
Bjs.
Só um Poeta é capaz de fazer um soneto á sua morte.
Excelente, Carlos!
Contudo, há muito que te libertaste, e nada nem ninguém pode domar um ser apaixonado e livre.
Beijo
Mesmo falando de morte(não sei se é linda ou feia) só sei que o poema é admirável Parabéns um beijo com muita amizade
Do meu 2º blog.
Tentei deixar um cometário no post acima mais não consegui.
Sobre a vida acho que ela é uma colcha de retalhos.
Um beijo
Como não há espaço para comentar o "último capítulo" e de links não percebo nada...voltei atrás!
Penso que todos devemos parar um pouco e..."seguir os devaneios da alma" e renascer numa madrugada cheia de luar com a rima dos teus versos que, a mim, me enche a alma.
Que esse renascer não seja tardio...para que a espera não se torne em desespero!
Beijo e boas férias!
Graça
Graçauelimaneueliman
"... o que nós somos, o que nós possuímos, possuímos a nós mesmos?
Na verdade, somos seres contingentes, limitados à procura de nós mesmo, a procura da plenitude do ser.
O que nós possuímos?
O passado não nos pertence, o futuro há de vir, o que nós possuímos é o instante que foge das nossas mãos."
"A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do caminho.
Eu sou Eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo
Dêem-me o meu nome que vocês sempre me deram; falem comigo como vocês sempre falaram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem,sorriam, pensem em mim. rezem por mim
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo, sem nenhum traço de sombra.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho..."
(Santo Agostinho)
Um poeta não morre, dá um tempo.
Abraços
AH... CARLOS, MESMO FALANDO EM MORTE ESSE SEU LIRISMO NOS COMOVE. BJS
Carlos
Falar em morte é falar em vida, em fases, em ciclos.
E só os poetas conseguem fazê-lo desta forma direta, do âmago.
Poetas não morrem pois são eternos.
Um abraço
Gostei que tivesses regresado e...de jangada, é um meio romântico para o regresso de um poeta e como adorei esta poesia!
Meu querido, de links não entendo nada...Há tempo tentei num blog e arranjei a maior confusão na blogesfera, a ponto da dona do blog aonde me intrometi, ter feito uma guerra!
Por isso, faço o comentário aqui que é mais seguro! Desculpa.
Beijo e...espero mais poemas!
Graça
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