sexta-feira, 20 de maio de 2011

ESTRELA [… no entardecer]!



És um novo amanhecer,
Uma doce ave a cantar,
Um poema por inventar,
Uma estrela no entardecer.


Vieste do surreal do nada,
Uma doce brisa na tarde,
Meigamente, sem alarde,
Entraste na minha vida.


És um idílio do nascente,
Um rio de sol sem poente,
Mar de ondas a desaguar.


Neste frio do meu anoitecer,
És o calor do meu arrefecer,
O fulgor de uma noite de luar.


Carlos Manuel Fernandes Gonçalves

terça-feira, 3 de maio de 2011

MARIA DA NOITE!


Com a manhã a acenar,
Geme o teu corpo cansado,
Um canto desesperado,
Um grito do teu penar...


És filha da solidão,
Triste sombra perdida!
Uma alma escondida,
Um leito na escuridão.


Quando o coração é dor,
És mulher que vende amor,
O corpo que tens para dar.


Depois de tantos te terem,
Em teu corpo se perderem,
Não sabes o verbo amar.




Quinta do Anjo, 2 de Maio de 2011


Carlos Manuel Fernandes Gonçalves