quinta-feira, 16 de setembro de 2010
ESPANTAR ESPANTALHOS!
Em toda a minha vida espantei, espantalhos!
Na meninice e adolescência, na minha aldeia, espantava os espantalhos, que os agricultores colocavam nos campos para evitar que os pássaros comessem a colheita, no sentido de dar liberdade à natureza;
Na juventude, nas tascas e bares do Bairro - Alto, em Lisboa, espantava os espantalhos, persuadindo-os na expressão sarcástica do meu calão;
Hoje, espanto espantalhos com a pena da minha prosa e da minha poesia;
Amanhã, vou espantar o espantalho da morte, enganando-o, dizendo-lhe não, na imagem da minha puberdade…
Carlos Manuel Fernandes Gonçalves
Quinta do Anjo, 15 de Setembro de 2010
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8 comentários:
Querido Carlos, passamos o nosso tempo a espantar os espantalhos da nossa vida.
Beijinhos
Bom fim de semana
Vc podia me ensinar este negócio de espantar espantalhos!
Bjs.
...ah meu poeta!
alguns são tão bunitinhus,
e vivem apenas à espera de
um pouco de atenção.
assim como a menina Dorothi
no mágico de oz.
tbm tenho alguns que divertem-se
comigo no mundo da fantasia.
assim fujo dos medos trazendo-os
pertinho de mim...
bjbj
Há que espantar a morte, sim :))... nada é melhor do que a vida.
Um beijo de carinho, querido Carlos.
[Vou fechar mesmo o meu 'palco', talvez volte... obrigada, por teres estado comigo.]
Espantalhos são mentiras, ilusões... Não fazem falta!
Espantemo-los.
Um beijo
L.B.
Se eu tivesse o teu dom... fazia uma razia, aos espantalhos que ainda resistem e aos fantasmas que me espreitam....
Quem falou em espantalhos?
Partiram há muito tempo...
por estradas e atalhos
Num vão sentimento...
Outros voltaram atrás
para minha desolação
Levaram-me toda a paz
que tinha no coração!
Beijo
Graça
Oi Carlos.
E são tantos os espantalhos, mas se tivessemos o poder de espantar esses espantalhos que nos assombram na pólitica, seria uma boa.
bjs
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