domingo, 23 de outubro de 2011
VIVO A MORRER A VIDA!
Vivo a morrer a vida,
No angustiante medo de viver,
Se tudo na vida é morrer,
Quando o destino é apenas ida.
Afogo-me na manhã calma,
O dia é apenas nevoeiro,
O corpo recusa o soalheiro,
A noite é vendaval da alma.
Nem tu, amor, me soubeste amar,
Amor apenas encontrei no mar,
Nas noites de luar em que te perdi.
Em alucinação de silêncios aflitos,
Clamam na minha alma os gritos,
Nesta perdição de me perder de ti.
Quinta do Anjo, 22 de Outubro de 2011 (15H07)
Carlos Manuel Fernandes Gonçalves