Vivo no ocaso do rio,
Vejo o seu desaguar,
Uma foz de perdição,
Do rio apenas ser mar…
A vida é como um rio,
Nunca regressa à nascente,
No caminho um lodaçal profundo,
No crepúsculo um oceano de espuma…
Queria poder regressar,
Tornar à juventude da vida,
Reincidir o meu ser criança,
Mesmo voltar a nascer…
Nunca as mesmas águas dormiram,
No lençol do mesmo leito,
São como as vidas que passam,
Não mais voltam a morrer…
Carlos Manuel Fernandes Gonçalves
Quinta do Anjo, 20 de Abril de 2014 (22H32)